Isolacionismo dos EUA é ‘quase soviético’ e não se sustentará em 2026, avalia economista
O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já demonstrava em discursos de campanha que adotaria uma posição isolacionista perante ao mundo. Esta é a avaliação do economista do Terraço Econômico Caio Augusto.
Para ele, as tarifações, do jeito que estão postas, com sanções de 50% a produtos como o café, a carne e as frutas brasileiras, bem como de 25% à Índia e de outras penalizações a diversas nações, não devem se sustentar em 2026, ou seja, têm como prazo de validade o mês de dezembro de 2025.
“Isso porque das duas possibilidades, apenas uma vai acontecer: ou os Estados Unidos vão reverter essa marcha de isolacionismo quase soviético no qual eles se encontram agora, ou vão admitir que os produtos vão ficar internamente mais caros, que o norte-americano vai acessar produtos de pior qualidade”, ressalta.
Segundo Augusto, consequência deste movimento é que, ao longo dos próximos períodos, os países que quiserem fazer parcerias comerciais sérias e duradouras vão procurar outros países, deixando os Estados Unidos desabastecidos e sem o mesmo padrão de consumo que estão acostumados há mais de 70 anos.